Mônica: por favor, Cebolinha, eu não quis mentir pra você ...
Cebolinha: não shei não ! voche mentiu pla mim e não gostei ! vou pensar se voche melece peldão!
Ao longo da vida vamos semeando verdades necessárias e mentiras ? Uma mentira aparentemente inofensiva parece não fazer mal a ninguém. Mas há sempre pessoas que surgem em nossas vidas que cultivam a verdade e para elas não existem mentiras grandes ou pequenas. É simples, essas pessoas seguem o caminho da verdade, mesmo tendo que magoar, ainda assim, preferem trilhar esse caminho. Às vezes, a mentira é fruto de uma fantasia, necessária para aguentar as agruras do deserto da vida, é sim um modo de suavizar a realidade a qual só fará mal a quem se imerge nela. Aprendi com minhas experiências, a duras penas, que é melhor falar a verdade sempre, logo de cara, principalmente a quem sentimos que pode haver uma amizade inicial. Isso porque, por mais duro que tenha sido nosso passado, ela não chocará a pessoa que mal nos conhece. E foi assim que ontem tive que encarar uma verdade. Não foi fácil para mim que odeio mentiras. No mundo da ilusão, o virtual, onde quase tudo é permitido, caímos em armadilhas do coração. Tive que falar num momento crucial, difícil pois toda minha dignidade estava em jogo. Nesse caso, melhor ouvir pela minha boca que por estranhos. Chorei muito, porém o pranto que jorrou foi como uma cachoeira que lavou minha alma. Eu protelei o momento para falar porque já havia ouvido ( lido ) da boca dele que detestava mentiras. Mas Deus conhece meu coração e sabia que eu precisava de um momento para me abrir a ele. A sorte minha é que Deus nos deixou anjos e ele é um anjo de bem. Não só entendeu como enxugou as lágrimas que banhavam do meu semblante mas também as da minha alma. Fica a lição: melhor falar a verdade sempre, assim, de supetão, visto que, com o tempo, haveremos de ajustar contas com a vida, eu tive sorte de ele ser compreensivo: nem todos são.
