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sábado, 9 de março de 2013

Proteção de Deus


Hoje passei o dia descansando; estava muito cansada da correria da semana, nesse caso, o melhor a fazer é aproveitar o sábado e descansar. Foi o que fiz ao longo do dia, sem esquecer de agradecer a Deus pela semana que passou e pela proteção que me tem dado até aqui. O Salmo que li é um Salmo de proteção e é sempre bom lermos antes de sair de casa, vou deixá-lo aqui para que todos possam refletir sobre o que está escrito e quem sabe, levar consigo para ter proteção do Senhor.

Salmo 121
Elevo os meus olhos para os montes:
De onde me virá o socorro ?
O meu socorro vem do Senhor que fez o Céu e a terra !
Não deixará vacilar o teu pé:
Aquele que te guarda não tosquenejará.
Eis que não tosquenejará, nem dormirá o Guarda de Israel.
O Senhor é quem te guarda.
O Senhor é a tua sombra a tua direita.
O sol não te molestará de dia,
nem a lua de noite.
O Senhor te guardará de todo mal,
Ele guardará a tua alma.
O Senhor guardará a tua entrada, e a tua saída,
desde agora e para sempre.
Amém !

sexta-feira, 8 de março de 2013

A Dívida

"Eu vejo coisas que ninguém mais é capaz de ver,e talvez por isso, as pessoas devem me achar estranha..."
(Seventh Sister)

Fazia frio e a água da torneira estava muito fria; Raimundo, depois de tomar o banho, olhou o próprio semblante entristecido no espelho embaçado, então, passou a toalha no vidro e se sentiu estranho, envelhecido antes do tempo no auge dos seus trinta anos. Lentamente, ainda com a toalha no alto da cintura, foi ao quarto dos três filhos, beijando-os, carinhosamente, indo a seguir para o quarto onde a esposa o esperava. Calmamente, ele a envolveu em seus braços, prometendo voltar logo, assim que fosse possível, ela tentou sorrir, vendo-o sair com a pequena mala.  A chuva fina da madrugada,  seguida de uma brisa gelada,  aumentava  ainda mais o frio, tornando aquele momento desolador para Raimundo. Envolto em pensamentos, quase mecanicamente, entrou no velho carro e partiu, pensando na esposa, nos filhos, nas dívidas acumuladas e no amigo José, sim, o Zé era um grande amigo de infância, sempre presente em todos os momentos de sua vida, tais  pessoas que tanto amava estavam constantemente em sua mente. O tempo passou rápido e logo ele estava saindo da cidade, depois da próxima curva, adentrando a rodovia que o levaria à outra cidade em busca de um emprego.  De repente, o carro passou por cima de algo, começando a deslizar na pista molhada, Raimundo ainda tentou frear, mas perdeu o controle do carro que foi capotando, sem controle, enquanto o homem em poucos segundos lembrava de toda sua vida numa fração de segundos como se estivesse assistindo um filme da própria vida. O carro despencou num abismo e ali, dentro do carro, não houve tempo para nenhuma ação, Raimundo morreu.
Tudo aconteceu muito rápido e após a burocracia no IML, se deu o velório na casa onde habitava a família; muitos amigos e parentes compareceram, a esposa traumatizada, estava sentada ao lado do caixão. Quando o amigo José chegou transtornado, aproximou-se do corpo e orou, chorando pela perda do companheiro de infância e ao passar a mão sobre a cabeça do defunto, viu duas lágrimas rolarem, com isso ficou mais impressionado, secou as lágrimas com o lenço e orou mais ainda. No final daquela tarde cinzenta e chuvosa, o corpo foi sepultado. A noite chegou enlutando os corações consternados pela morte repentina de Raimundo; José, o amigo, não conseguia dormir, pois a cada virada que dava na cama, via nitidamente o companheiro no canto do quarto. Assim acontecia por onde ele andava: no trabalho, quando ficava sozinho, dentro do carro, no banco de trás, em toda parte que ia, lá estava Raimundo. Essa situação começou a perturbar José que em certa madrugada, tomou coragem e perguntou ao amigo finado o que ele queria, ele então respondeu:
- Quero que você perdoe a dívida que tenho contigo porque agora não poderei mais pagar.
- Mas é só isso? Somos irmãos, meu amigo, você não me deve nada.
- Obrigado, preciso que você vá no bar onde estão nossos amigos, amanhã, à noite, e diga isso para todos ouvirem.
José finalizou o diálogo, respondendo:
- Está combinado!
Rapidamente, adormeceu. O dia amanheceu e José trabalhou tranquilamente sem a presença do amigo morto. No final do expediente, como havia combinado, foi ao bar onde costumava se reunir para beber com os amigos. O bar estava cheio e o comentário não poderia ser outro, o falecimento de Raimundo, de repente, ele apareceu e José prontamente afirmou:
- Pessoal, o José tinha uma dívida comigo mas já não me deve nada, ouviram?
Todos levantaram o copo de bebida sem entenderem bem o pórquê dessa declaração. Telepaticamente, Raimundo respondeu a José:
- Agora diga que a minha esposa também não deve nada, é importante pra mim.
Novamente, José afirmou em voz alta:
- Pessoal, escutem, a D. Luísa, mulher do meu amigo Raimundo, também não está me devendo nada, ouviram?
Um dos amigos, o Pedrão, então respondeu:
- Claro, Zé, mas qual é o problema, rapaz? Por que isso, agora.
- Por nada não, Pedrão, é só pra vocês saberem.
Nesse momento, Raimundo sorriu fraternalmente e acenando desapareceu. José voltou a ter um sono normal, contudo, nunca esqueceu desse caso, muito menos do amigo que considerava irmão.

quarta-feira, 6 de março de 2013

O tempo voa, não retrocede

"... seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente."
(Is 40.6-8)
O tempo passa rápido, num piscar de olhos e nem percebemos, por isso, é preciso saber aproveitá-lo com sabedoria e honestidade, pois quem trilha o caminho do bem, ao chegar à terceira idade, poderá olhar para trás com a consciência tranquila de que procurou agir dignamente, alcançando suas vitórias sem ser tropeço na vida de ninguém.

Outra questão importante é saber colocar prioridade naquilo que realmente tem importância. Ano passado reencontrei uma aluna que havia desistido de estudar na sétima série, ela estava grávida e essa é uma daquelas histórias que ocorre muito na rede estadual. 

Cedo as meninas se apaixonam e fazem dessa paixão o centro de suas vidas, abandonando estudos para viverem essa fantasia, tentei persuadi-la a continuar porque a mãe dela era viúva e vivia de uma pequena pensão do INSS e o rapaz, traficante de drogas.

Ela então argumentou que ele não a abandonaria visto que não deixava faltar nada a ela. Assim, alguns meses depois, ela apareceu no apartamento onde eu morava com a criança no colo, o rapaz havia desaparecido e ela passava necessidade.

Ajudei como pude e depois perdi o contato porque mudei de escola e endereço. Ano passado a encontrei novamente, bem mais madura com dois filhos. Não conseguia emprego por não ter nem o ensino médio e fez matrícula na escola onde estou.

Não demorou muito e ela desistiu novamente. Creio que talvez falte a esses adolescentes, futuros adultos, orientação de casa, pois a escola sozinha não faz milagres. 

Casos como o dela conheço muitos; as pessoas parecem pararem no tempo sem se preocuparem com a profissão. Há o caso também de à noite, muitas pessoas com mais de quarenta anos voltarem a estudar.

Triste mesmo é ver as pessoas adentrarem  na velhice sem terem construído nada. Estudar é difícil, trabalhar também, mas sem esforços não se consegue nada e o tempo é implacável, corre à frente da gente. Bom dia. Beijos

domingo, 3 de março de 2013

Espalhando amor por onde for ...


Era uma vez um homem que viveu toda a sua vida fiel a Deus, amante da vida, da natureza e dos outros. Quando morreu, todos diziam que ele iria direto ao céu, pois uma pessoa tão boa como ele, só poderia ir ao paraíso. 

Mas, ao chegar à porta do céu, houve um erro na listagem, e como não encontrassem o nome do candidato que chegava, o mandaram para o inferno. E no inferno, ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar.

O homem bom entrou e foi ficando. Alguns dias depois, Lúcifer chegou furioso às portas do paraíso para tomar satisfações: "Pedro, isso é injusto! Nunca imaginei que fossem capazes de uma baixaria dessas! Assim não dá!"

Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pedro perguntou qual era o problema. O diabo trantornado, desabafou:

"Vocês mandaram aquele sujeito ao inferno e ele está fazendo a maior bagunça por lá. Ele chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas. Agora, está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando, imagina! O inferno está insuportável, parece o paraíso! Peguem aquele sujeito, e tragam-no para cá. Se continuar lá, o inferno vai acabar."
 _______________

Li essa historinha na seção Cantinho da Fé, no Jornal A Crítica - Manaus,  de hoje, dia 3/03/2013 e foi escrita pelo querido cardeal Dom Luiz Soares Vieira  que sempre traz uma mensagem para os leitores, através do jornal.

A moral da história é que devemos deixar o amor transbordar em nosso coração, direcionando-os a todas as pessoas, e vivenciá-lo tão intensamente que se por engano formos parar no inferno, o próprio diabo nos levará de volta ao paraíso.

E eu diria mais: quem alicerçou sua vida nos caminhos do bem, jamais recuará dele, pois será sempre um mensageiro de Deus, ainda que passe pelas trevas profundas da depressão, do abandono e das perseguições espirituais visto que tal pessoa está marcada com o selo do sangue de Jesus Cristo e levará para onde for o mandamento do mestre que ensinou: 

“amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”  
(Jo 15, 12).

Tenham um domingo de paz e alegria. O Senhor esteja com todos. 

Beijos

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