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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sofrimento: faz parte da vida ?


"No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." 
( João 16:33 )

Passar por aflições faz parte da escola da vida. Isto nos foi dito pelo mestre para aprendermos que o sofrimento é necessário para nos fortalecer e aprendermos a ser humildes. Humildes de espírito visto que o nosso poder espiritual se fortalece nas dores imposta pelas circunstâncias da vida, quando momentaneamente nos sentimos abatidos. O sofrimento lapida a alma, nos torna fortes na fé, se e somente se, nos apegarmos na vitória de Cristo na cruz. Muito mais Ele sofreu, sendo puro e isento de pecados. Jesus não nos prometeu uma vida isenta de sofrimento mas sim "PAZ" em meio ao sofrimento que, a cada dia, vivenciamos. Ele entendia TUDO sobre sofrimento, veio aqui como revolucionário espiritual do bem, pregando AMOR a todos os corações aflitos, nos dando esperança de dias melhores, prometendo um reino futuro onde prevalecerá o BEM e o amor. Já passei por vários tipos de sofrimento, não perdi a fé, não perdi o amor e nesse aspecto, eu teria tudo pra não mais acreditar no amor por tudo que já passei. Entretanto, NUNCA desisti pois no recôndito do meu ser, sempre soube que, em algum lugar, um amor estava reservado pra mim. Amor puro, sofrido também. E eu o encontrei, não importa o tempo que tive que esperar. E a despeito do sofrimento que já passei, que venham os outros, aprendi isto sobre o amor verdadeiro:  

“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” 
( Romanos 8:38-39 )

Primeiro o amor a DEUS ... Segundo, ele. 
Eu o encontrei e a minha alma sorri em PAZ.

By: Scarlet & Wind

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Traumas da Infância : cobras


Nasci à margem esquerda do Rio Negro, em Manaus. Durante as cheias, as cobras, principalmente a sucuri, vinham em busca de alimentação: porcos, galinhas e dizem que também engoliam bois, jacarés e até pessoas que desapareciam misteriosamente. Eu ficava horrorizada ao ver cenas da sucuri, quando os caboclos a matavam e dentro dela havia um porco, por exemplo, e não era um porco pequeno não, mas sim porcos adultos. Esse tipo de cobra cresce muito e se torna perigosa, quando está faminta. Dizem que crescem até doze metros, não possui veneno, se alimenta de três em três meses e precisa de uma farta refeição. Esses ofídeos, invadem quintais onde existe rio. Durante a minha infância faziam parte do meu pesadelo porque onde morávamos, hoje chamado de Manaus Moderna que fica frontal ao rio Negro, recebíamos sempre a visita dessa anaconda da Amazônia. Ainda hoje, tenho pavor desse animal ou de outras de diferente raça. Morei também em Porto Murtinho - Mato Grosso do Sul, fronteira do Brasil com o Paraguai, o rio de lá se chama rio Apa e variados tipos de cobras fazem parte do cotidiano, como a caninana sem veneno, mas muito agressiva. Assustei-me quando após uma enchente, fui lavar louças e me deparei com uma saindo pela pia. Depois, apareceu outra no vaso do banheiro. A população ribeirinha dizia que esse tipo de cobra, anda sempre com o macho.


A coral, nesta região, era constantemente vista também. Quer dizer, tenho muitos motivos pra detestar esse animal abominável. Vi ainda as famosas cobras jararacas e cascavéis, conhecidas pelo forte veneno que possuem. Não gosto de lembrar e fecho o texto  visto que não superei o medo delas.

By: Scarlet & Wind

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Diálogos de Amor ...


( Ela ) - Oi, amor, voche demorou, hein ?
- Fiquei morrendo de saudade ..
- Recebeu os meus emails ?

( Ele ) - Sim, fui lá ver ... mas como sempre, 
vc só escreve bobagens !

( Ela ) - kkkkkkkkkkkkk ... é mesmo, né ?

( Ele ) - É ... pensei que era algo importante.
( Ela ) - E é ... ! Voche me ama ?

( Ele ) - 70 % sim !
( Ela ) - Shó 70 % ? É pouco !

( Ele ) - Pouco nada, é muito !
( Ela ) - Mais na faculdade, minha nota mais 
alta era 80 .

( Ele ) - Espera, vou fazer a conta direito.
10/99/89 / Dá 89 .

( Ela ) - Naum dá pra voche, aumentar um décimo ?
( Ele ) - Não dá não, a conta está certa.

( Ela ) -  Eeeeeeeeeeeee ... adorei a estatística ! 
- Melhorou muito !

( Ele ) -  Vem, cá, vem ! deixa eu te abraçar e sentir teu calor !
( Ela ) - Abraça e me envolve de amor !

By: Scarlet & Wind

domingo, 31 de julho de 2011

Na selva .. vida dura! ( 2. Parte )

"A esperança vence a covardia, a alegria supera o sofrimento."
( Geraldo Nascimento )

Fiquei dois anos à espera da volta do primeiro amor. Depois, conheci, dia do meu aniversário, aquele que seria meu primeiro homem: militar, da área de comunicações, 28 anos, descendente de alemães. Eu o conheci, ao descer de uma Van que vinha fim de tarde da cachoeira do Tarumã. Desci com Gracy na avenida Castelo Branco ... Morava na rua gen. Glicério, quintal enorme com fundos pra esta avenida. Esta casa ainda existe, herança de meu pai. Então, nós descíamos da Van e um carro nos seguia lentamente com o motorista nos chamando insistentemente - era eleee - ah! se eu pudesse ver o futuro ... kkklkkklkkkk ... Falei a ele pra descer, jamais entraria em carro de estranhos. O homem alegou que estava em "trajes mínimos" e sem medo, fomos até ele que fez um convite inusitado: nos convidou pra conhecer a igreja que frenquentava, dizendo logo, diretamente, no seco, que nos pegaria, só precisava do endereço. Pensei que estava bêbado e brincando ... aqui é que mora o perigo ... as pessoas não sabem quando brinco e levam a sério ... disse que bastava fazer a curva e dei o número da casa. Mal tomei um banho, uma hora depois, ele apitava na porta. Minha mãe ficou uma fera, como era meu aniversário, ela pegou leve. Eu não acreditei no que vi e decidi ir conferir a igreja ... Depois disso, ele se propôs a me ensinar Matemática e minhas notas subiram muito. Tudo que sei dessa disciplina, devo a ele e ao terceiro amor. Se ia bem em matemática, Física se tornou fichinha. E das aulas constantes, começamos a namorar, eu queria mesmo era esquecer o passado e quando ele me disse que estava com transferência em mãos pra longe e que queria casar, num ato impensado, não raciocinei, e com autorização dos meus pais, lá se foi eu pra guerra ... kkkkkkkkkkk ... Valeu como experiência de vida, como sofrimento que molda o caráter. Aprendi muito com ele, chorei, vida difícil no meio da selva. Passamos de cara por uma enchente onde o quartel se deslocou pra 40 km da cidade de Porto Murtinho, lá onde o Judas perdeu as botas, fronteira Brasil - Paraguai. Aprendi muito sobre sobrevivência na selva, viver sem água potável, sem energia elétrica, a lidar com as cobras e com a morte de perto. Ele era tudo aquilo que eu detesto num homem: frieza, brutalidade, grosseria. Eu permanecia aprendiz da vida, sem perder a ternura. Saí da vida dele de calça jeans desbotada, tênis, camiseta e uma mochila nas costas. Destino: Rio - Recife - Suíça. Nova história recomeçaria ... nova dura experiência pela frente. E ele ? sofreu muito com a separação ... era tarde: dou chance a todos. E depois desisto. Comigo ele era um fanático religioso, agora é pastor, contudo, perdeu o fanatismo. Fico feliz por ele ter renascido para a realidade.

By: Scarlet & Wind 

Depois de ouvir Al di La ...


Madrugada .... fiquei ouvindo a música e me impregnei de saudades. Saudades de um tempo que não retrocede, saudades .. eu fui feliz com o meu primeiro amor. Muitas coisas aconteceriam depois ... vida escrita em desafios e lutas ... enfrentei a escuridão da noite em selvas perigosas da fronteira de Mato Grosso do Sul. Morei isolada de qualquer comunicação num acampamento militar. Perdi amigas pela morte naquele local ermo. E uma imagem que nunca me saiu da memória: o corpo da Terezinha, sendo transladado via avião pra Goiás. Isso me traumatizou .. Difícil aceitar a morte dela e da Malaquias .. ambas muito jovens. Convivi de perto com a morte, aprendi a não temê-la. Afinal, todos os dias onde estávamos acampados, morria alguém. A morte tornou-se rotina, não há hospitais na selva. Tornei-me aguerrida, desprovida de medo, aprendi a lidar com as cobras venenosas e Deus me poupou várias vezes. A Ele, minha gratidão. Estou certa que só sairei desta esfera, quando Ele quiser.

Ensina-me a contar os meus dias, para que meu coração alcance sabedoria” (Sl 90.12).

By: Scarlet & Wind

Emilio Pericoli - Al Di La ( legendado ) For you, Love ...

Amores que Passam: amores que marcam ... ( Parte 1 )


O meu primeiro namoradinho não foi meu primeiro amor, entretanto, valeu por ser o primeiro; namoradinho de escola, na verdade, nem dá pra chamar de namorado devido ao pouco tempo que ficamos juntos. O segundo namorado, sim, foi meu primeiro amor. Para variar, carioca, 26 anos, engenheiro, arquiteto. Eu tinha quatorze anos; sempre gostei de pessoas com mais idade que eu porque acompanhavam meu raciocínio, dito muito elevado para a minha precoce idade. Nos conhecemos num domingo, num ponto de ônibus onde ele se achegou à fila, perguntando sobre um ônibus que fosse para a cachoeirinha. Cachoeirinha era o bairro onde eu morava, bem próximo do centro de Manaus. Nem dei bola, estava longe dali, como sempre,  introspectiva. Minha irmã, a Gracy, percebendo que o rapaz não era de Manaus, explicou que Cachoeirinha era um bairro. Ele então disse que queria conhecer a cachoeira do Tarumã que fica a quarenta e cinco minutos de ônibus, partindo do centro da cidade. A fila era ali onde nós estávamos. Ele entrou na fila e foi puxando conversa com as minhas duas irmãs: Gracy de dezenove anos e Natália de dez. Durante o trajeto, não troquei palavras, fiquei apenas ouvindo as brincadeiras que ele fazia com Naty. Rápido chegamos e o homem continuou nos acompanhando, se assentou junto de nós e eu não gostei. Resolvi que devíamos nos afastar dele e disse que ia atravessar a cachoeira, isso com a intenção de ver se ele desistia. Lá fomos nós, andando em cima das pedras submersas de águas transparentes e ele ? seguindo-me, vinha bem atrás de mim. Eu ? maquinando como nos livrar dele. Pra tanto orgulho, um escorregão e caí, deslizando numa enorme pedra. Ele não se fez de rogado, gritou "cuidado" e se jogou, me carregou e me levou no colo para outra margem. Morta de vergonha porque vergonha é a característica dos adolescente, não o encarei, ele suavemente, começou a tirar folhas que ficaram aderidas nos meus longos cabelos. Quando levantei os olhos, olha só que situação: o balneário repleto de gente, meus claros olhos se encontraram com os olhos negros dele, em contraste com uma pele branca e cabelos negros. Numa fração de segundos, o achei lindo... E pronto, ele me beijou e foi o primeiro beijo gostoso porque o primeiro namoradinho, não sabia beijar. Seu nome, nunca esqueci: José Cláudio Montalvão, morava no Flamengo e estava a Manaus a serviço. Namoramos um ano e meio com ele fazendo o trajeto Rio - Manaus, Manaus - Rio. Foram um dos melhores momentos da minha vida. Eu já escrevia poesia e o que ele levou de mim foram fotos e o meu diário, coisa de adolescente apaixonada. Na despedida disse que demoraria e voltaria e que eu o esperasse; eu sofri muito com essa partida porque ele não manteve comunicação comigo. Nosso namoro era muito romântico e apenas antes de viajar, foi mais ousado mas conseguiu se conter pois dizia querer casar com uma mulher virgem. Esperei por dois anos, como não deu mais notícias, influenciada por pessoas mais experientes, resolvi voltar à vida e fui justamente passear na cachoeira do Tarumã. Não fiquei muito tempo haja vista que, apesar de terem passados dois anos, a lembrança dele ali, era viva. Quem fica, parece que sofre mais do que quem parte visto que as lembranças atormentam por aonde quer que formos. Depois dessa visita ao Tarumã, passaram-se seis meses e saí de Manaus. Escreveram-me que ele voltou, chorei muito - mas há caminhos sem volta, perdi de uma vez a esperança de algum dia revê-lo. Ele passou e marcou, pessoas que marcam meu coração JAMAIS esqueço o nome. Esta é uma pequena homenagem que faço a ele e vou fazer aos outros quatro, contando a história de romance que vivi, uns fizeram bonito .... outros marcaram pela frieza e crueldade.

By: Scarlet & Wind
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