Mais uma noite difícil e estive pensando que o Brasil pára uma semana visando a festa de carnaval. Isso significa que vou amargar mais uma semana de dores porque tenho que marcar exames e até fazê-los ... sei não, isso me desanima.
Vou ficar à mercê das dores e do feriado. Atenção, pessoal, fiquem alerta, qualquer ruptura nesse tal de menisco é grave. Agora estou usando duas medicações, apenas para dor.
Uma eu tomo ao dia e a outra à noite. Hoje, depois de rolar na cama e levantar várias vezes, lembrei de um soneto de Álvares de Azevedo. Vou deixar aqui para vocês lerem, é triste, é pesaroso e retrata as dores da alma do poeta.
Álvares de Azevedo
(Adeus, meus sonhos)
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto...
E minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
À sina doida de um amor sem fruto...
E minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?!... morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
A estrela de meus cândidos amores,
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
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