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sábado, 31 de maio de 2014

ANÁLISE DO CONTO NOITE DE ALMIRANTE, de Machado de Assis


"Juro por Deus que está no céu; a luz me falte na hora da morte".


Esse conto de Machado de Assis foi escrito em 1884 e traz como assunto as juras de amor e as expectativas que criamos na mente em relação a quem nos afeiçoamos, por isso o tema é bem atual. Sabe aquele romance tórrido que vivemos a curto prazo, mas que por algum motivo mais forte teremos que nos afastar temporariamente? Então, vamos viajar nesse conto, analisando os acontecimentos.

ESTRUTURA DA NARRATIVA

PERSONAGENS PRINCIPAIS

Deolindo Venta Grande - o marinheiro apaixonado
Genoveva - a namorada
Inácia - a idosa, dona da casa onde Genoveva morava.

PERSONAGEM SECUNDÁRIO
José Diogo, o mascate

FOCO NARRATIVO 
Narrado em terceira pessoa, onisciente


ESPAÇO GEOGRÁFICO

Rio de Janeiro - bairro da Região Central.

Localiza-se na Zona Portuária da cidade. 


ESPAÇO PSICOLÓGICO

As lembranças e sentimentos de Deolindo



ENREDO


O conto narra a história de Deolindo, apelidado pelos 

colegas de Venta Grande, um marinheiro que conheceu 

Genoveva e durante três meses viveu uma intensa paixão. 

Após três meses em terra firme, era preciso voltar ao navio 

para fazer uma viagem de aproximadamente dez meses. 

Como estava apaixonado ele pensou em abandonar a 

profissão e ir morar no sertão com a Genoveva. Porém 

D.Inácia, uma idosa que convivia com Genoveva, 

aconselhou-o  a não desistir do emprego. Chega a hora da 

despedida e após fazerem o juramento de fidelidade 

eterna, se despediram entre beijos e prantos copiosos de 

Genoveva.


COMENTÁRIO


 O conto começa exatamente apresentando o breve 

passado do casal de namorados e a volta de Deolindo indo 

ao encontro de sua amada. 

Ao sair do navio, os colegas perceberam a felicidade dele e 

afirmaram que ele teria uma noite de almirante com música, 

ceia e os braços da mulher amada.

Deolindo sorriu feliz, pois essa seria realmente a noite que 

ele tanto esperara e para isso, comprou presentes para a 

mulher em especial um par de brincos que lhe custou muito 

caro. O rapaz seguiu tranquilo porque cumpriu o que 

prometera à namorada:

"Juro por Deus que está no céu; a luz me falte na hora da morte. 

Sorrindo interiormente, ele preparava palavras certas para dizer a ela - "Jurei e cumpri". Finalmente chegou no endereço e batendo à porta, dona Inácia veio recebê-lo, para sua surpresa Genoveva não morava mais ali, pois havia se apaixonado por um mascate, chamado José Diego. Foi com muita raiva que ele foi para a casa da moça, cheio de pensamentos sanguinários.  Encontrou-a sozinha, conversaram e ele acabou lhe dando os presentes não sem antes terem uma tensa conversa na qual ele ameaçava se matar. Não se matou e no dia seguinte, os colegas o cumprimentaram pela linda noite de almirante que ele supostamente tivera, a que ele assentia com um sorriso falso, concordando com os demais.

Falsidade, hipocrisia, ironia são os ingredientes desse conto machadiano. A moça volúvel é exemplo tanto de homens quanto de mulheres atuais, é também exemplo da falta de caráter e da levianidade que anda proliferando feito praga a sociedade. Deolindo representa a ingenuidade, a fidelidade escassa nos dias presentes, aquele tipo de pessoa que faz expectativas com relação a quem não conhece e por se deixar levar pela paixão, constrói castelos de areia sem nenhum alicerce. Essa história ficcional ainda faz parte da realidade de muitas pessoas - as sonhadoras e as que vão passando pela vida semeando tristezas e mágoas na vida de quem não merece. 


sexta-feira, 30 de maio de 2014

A SAUDADE VINDA DA PRAÇA

Imagens: Internet

E lá se ia eu, naquela quinta-feira amena, sem chuvas, mas com um clima muito agradável, cumprir minhas obrigações mensais com a minha mãe; o carro ia numa velocidade de 60 kms por hora e eu ia admirando a beleza do nosso verde, passando pela Praça da Polícia em frente ao Colégio Pedro II no qual passei momentos muito bons na fase de adolescência. Hoje essa praça se chama Heliodoro Balbi e já não é assiduamente frequentada. Quantas vezes ouvi a Banda da Polícia tocar nesse coreto em fins de semana? Do colégio atrás da imagem, os estudantes saíam na hora do recreio e alguns namoravam felizes, nos bancos ou sentados embaixo de  árvores frondosas.



Eu gostava de passear na ponte, essa ponte tão romântica vai sobrevivendo ao tempo, guardando lembranças de um tempo que não volta mais. A rua em frente ao colégio é a Sete de Setembro e seguindo adiante, em direção ao bairro, chega-se logo ao Bairro da Cachoeirinha onde a minha mãe reside até hoje. Ainda com relação à pontezinha da praça, tirávamos muitas fotos num tempo em que a violência praticamente não existia. Poderia chamar a pontezinha de Ponte da Saudade.


Os encontros com namorados eram sempre marcados nesse local. Atualmente, essa praça está bem conservada e durante o dia, muitos passam por ela porque está localizada no centro comercial, contudo, à noite, não é bom vacilar e ficar andando por aqui, apesar de à noite, ela ser muito mais linda e propícia para namorar.


Pois é, passando por aqui, absorta em pensamentos, logo cheguei em casa, mas não pude abraçar mamãe, ela havia saído, deixei o que deveria com meu irmão e voltei por outro caminho pelo Parque do Mindu, outro local agradabilíssimo de passear, entretanto, as minhas mais fortes emoções são provenientes da Praça da Polícia, chamada assim porque o Comando da Polícia Militar estava localizado frente a essa praça, não na Sete de Setembro, mas sim na Av. Getúlio Vargas.Veja a av. Getúlio Vargas, como a maioria das ruas, é repleta de árvores que amenizam o forte calor.


Por hoje, chega de saudade, rsrs. Um lindo fim de semana a todos. Beijos no coração.

terça-feira, 27 de maio de 2014

HÁ VIDA FORA DO MUNDO VIRTUAL


A amizade entre as pessoas é algo muito bonito, seja no virtual ou no nosso mundo real. No entanto, para que frutifique é preciso que haja respeito ao modo de ser de cada pessoa. É mister não confundir sentimentos, não criar fantasias, pois isso só gerará sofrimentos futuros. Não se pode também confundir educação e atenção com outro tipo de sentimento, explico: há pessoas que só por serem tratadas com afeto pensam que haja outro interesse, além de uma amizade. Isso é complicado, principalmente para mim que trato todos de um jeitinho especial, entretanto, isso tem me trazido problema no virtual, aliás é no virtual onde a carência afetiva se mostra de forma mais contundente. Ao me deparar com esse tipo de problema, tento não magoar ninguém, pois sei que o ser humano é por natureza sensível demais, entretanto, creio que o melhor é agir segundo a palavra escrita na imagem acima visto que, ao tentar não magoar, acabo sendo ofendida e há ofensas intoleráveis, se me eximi de dizer certas verdades é porque elas são duras demais e sei que o ser humano feito de cristal, desmoronaria e jamais seria a minha intenção causar danos emocionais a quem quer que seja. Hoje acordei pensando nessas palavras de Jesus, é melhor dar um sonoro NÃO do que tentar amizade com quem se aproxima com outros interesses. No final por protelarmos, por procurar desculpas para não melindrar ninguém, acabam  nos acusando do que não somos..Mentirosa? Acaso tenho eu motivos para mentir em relação a minha privacidade? Acaso a minha vida se resume a um mundo virtual? Não, graças a Deus eu tenho vida aqui fora e vida abundante. Além disso, certos aspectos da minha vida particular só diz respeito a mim, principalmente porque já está provado a mim que a perversidade reina soberana nos corações de determinados vultos virtuais. Cabe a mim proteger-me. Bom dia, pleno de paz.



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