Arquivo do blog

sábado, 20 de julho de 2013

DIA DO AMIGO - 20/07


RecadosAnimados.com


Dia do amigo. Esse é um dia muito muito especial e que poucos dão valor. Se pensarmos bem, é uma bênção incomensurável ter amigos honestos, amigos em que podemos confiar e conversar sobre qualquer assunto sem medo de sermos criticadas. Verdadeiros amigos estão cada vez mais difíceis de encontrarmos atualmente, pois as pessoas banalizaram esse nome, observo isso nos corredores da escola onde a maioria chama colegas de classe de "amiga, amigo", sendo que ao conversar com tais pessoas, elas afirmam logo que é só um modo de falar. "Amigo, amiga" são palavras sérias não deveriam ser ditas a qualquer pessoa, pois o amigo, a  amiga são os nossos anjos e irmãos que Deus colocou em nosso caminho e não é à toa que está escrito: "Há amigos mais chegados que um irmão". É verdade, há amigos que são verdadeiras joias raras e esse valor é comprovado ao longo do tempo. Não é dona Sylvia Cristina? Outros como o seu Jorge do yahoo, o Grandão, o outro Jorge da escola, Charles, Paulo, Rejane, Neila Astrid, Marcos, sr. Armando, Rejane e Valdo, Gabriel meu confidente, ele tem 10 anos, rsrs.  Não posso esquecer da excelente dona Marquesa e outros virtuais que são tão queridos, como o Rebbechi, o Xeque-mate e muitos outros virtuais que nunca acreditaram em inverdades ditas por lábios mentirosos. Amigo verdadeiro entra no fogo com você sem medo de se queimar, por isso, a todos os meus amigos e amigas sejam os poucos que tenho na esfera real, quanto a minha pequena seleção do virtual os quais estou incluindo outros, meu carinho, meu agradecimento a Deus por vocês existirem. Um beijo enorme nos corações de vocês. 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Enfim, as férias chegaram


Fim de tarde e aqui na proa, sonolenta sinto a brisa suave de uma aragem que parece vir de muito longe  beijando minha face e acariciando meus cabelos emaranhando-os; tudo é silêncio, o único ruído que escuto é o flap flap da bandeira do barco batendo constantemente sob o efeito do vento. Eu e Mártin decidimos ficar uns dias de férias, depois de cinco anos de exaustivo trabalho e por alguns dias, queríamos fugir da correria da cidade, dos engarrafamentos que enervam, dos telefones que não cessam de tocar, enfim, do frenesi diário de uma rotina estafante. Conosco trouxemos mantimentos suficientes para vinte dias, uma certa quantia em dinheiro para eventualiadades, além da agradável companhia do vizinho, sr. Peter, um antigo amigo, exímio conhecedor dos mares e contador de histórias antigas, referentes aos tempos em que fora comandante de bordo de um grande  transatlântico. Hoje é o segundo dia em alto mar e após o almoço, Mártin foi apreciar as belezas do fundo do mar e eu, após descansar, vim para cá, acabei adormecendo; ainda estou sonolenta, Mártin já deve ter voltado, passado por aqui e como sempre faz, também foi relaxar. Devagarinho, o sol se põe no horizonte, vou ficar um pouco mais até que seu Peter venha oferecer a refeição da noite. Não costumo dormir tanto porque as horas de trabalho não permitem. Tão rápido o tempo passa, acabei adormecendo aqui, mas por que não fui chamada para o jantar? Hum, vou descer, tomar um café e ver o que se passou. Mas que bagunça! Será que fomos assaltados? Vou já chamá-los: Mártin, sr. Peter, venham aqui, por favor! Ei,  por que o barco salva-vidas não está ancorado? Sinto que algo ruim houve por aqui, vou ligar o rádio e falar  imediatamente com a Guarda Costeira. Ah, meu Deus, quebraram o rádio. Mártin, onde você está? Melhor subir novamente, esse barco é muito grande. Que que é isso? Jesus! Vejo-me na proa toda ensanguentada! Não dormi, morri! E o que é aquilo boiando ao longe? Mártinnnnnnn ... Nãoooooo! Mártinnnn! Não me deixe sozinha, MÁRTINNN !!!!! Ó, Deus!!! MÁRTINNNNN!!! Que frio, sinto arrepios, estou ficando com medo, estão me tocando! MÁRTINNNNN...
- Calma, querida, não se assuste, sou eu, o seu Mártin. Estou te abraçando, vire-se, o canalha do Peter roubou o dinheiro e nos assassinou.
- Nãoooooo, isso é um pesadelo!
- Não é, olhe ao longe:
Ao longe um local paradisíaco estava a nossa espera, para sempre, por toda a eternidade. 

 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Pensamento Anônimo: As Árvores mais Fortes


“As tempestades fazem os carvalhos aprofundarem suas raízes.” 
(George Herbert)

As árvores mais fortes
não são aquelas protegidas
por florestas densas,
mas sim aquela que crescem
em espaços abertos,
em constantes lutas
com o vento
e com a intempérie.

Não se sabe a autoria desse pensamento, mas sabe-se que não se refere à árvore. Está claro que quem escreveu, conhece a realidade que a vida impõe a quem nasceu sem privilégios e precisa encarar os desafios sem se acovardar.

Gonçalves Dias em sua poesia Canção do Tamoio, assim aconselhava o filho, através da voz lírica do cacique:

"Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar!"

Enquanto Gonçalves Dias narra objetivamente sobre o sentido da vida, o autor anônimo, utiiza a linguagem simbólica.

Assim percebemos que a mensagem deixada anonimamente nos transmite força e esperança para viver, ao fazer uma comparação subjetiva das árvores solitárias que, mesmo sozinhas, suportam os reverses da  própria natureza.

Igualmente acontece com o ser humano. Quantas vezes nos sentimos sozinhas, tendo que enfrentar batalhas sem ter alguém que nos ajude? 

Parece-me mais fácil encontrar quem quer nos derrubar por sentir prazer em ver a nossa derrota.

Quem tem fé, se agarra nela, fortalece-se na jornada, criando raízes profundas que servirão de alicerces para enfrentar outros vendavais que virão.


Desta forma, o autor anônimo da mensagem, ao enfatizar a resistência das "árvores mais fortes" que enfrentam chuvas, ventos e trovoadas solitariamente, teve a intenção de nos levar a uma reflexão sobre a vida do ser humano no sentido de demonstrar os desafios e dificuldades que todos têm para assegurar a sua sobrevivência.

O que aprendemos também com este pequeno texto é que devemos ser fortes, pois é na luta diária com coragem e determinação que aprendemos a resistir às investidas das intempéries que se apresentarão ao longo de nossa vida. 

Portanto, não temeremos principalmente se tivermos fé em Deus.


NÃO TEMAS, PORQUE EU SOU CONTIGO; NÃO TE ASSOMBRES, PORQUE EU SOU O TEU DEUS; EU TE FORTALEÇO, E TE AJUDO, E TE SUSTENTO COM A DESTRA DA MINHA JUSTIÇA. 
  
(Isaías 41:10)

Abraços fraternos e boa noite.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

É ela, a indesejável de todos ... (Boi Morto)


Boi Morto

Como em turvas águas de enchente,
Me sinto a meio submergido
Entre destroços do presente
Divido, subdividido,
Onde rola, enorme, o boi morto,

Boi morto, boi morto, boi morto.

Árvore da paisagem calma,
Convosco – altas tão marginais!
Fica a alma, a atônita alma,
Atônita para jamais.
Que o corpo, esse vai com o boi morto,

Boi morto, boi morto, boi morto.

Boi morto, boi desconhecido,
Boi espantosamente, boi
Morto, sem forma ou sentido
Ou significado. O que foi
Ninguém sabe. Agora é boi morto,

Boi morto, boi morto, boi morto.

(Manuel Bandeira)

O pensamento escrito na imagem sempre me deixou intrigada porque muitas vezes, inquieta, penso que a vida é um sonho e que um dia acordarei. 

Um sonho oscilante entre a beleza momentânea e o interminável pesadelo. De fato, quando temos um pesadelo, ele parece interminável.

Na poesia de Manuel Bandeira, a morte é um tema constante. A primeira vez que li este poema "Boi Morto" não consegui entender - foi preciso ler e reler. 

O poema é subjetivo e nos leva a refletir sobre o tema comum a todos nós: a morte. 

Já na primeira estrofe, percebemos a comparação feita pelo eu lírico entre a vida e as águas turvas:  
 "Como em turvas águas de enchente,
Me sinto a meio submergido
Entre destroços do presente ..."

A água representa a vida e nesse caso, está turva devido a enchente. Enchente aqui pode ser uma metáfora para fatos inesperados, desgostos e sofrimentos que nos desestruturam emocionalmente ao longo da vida.

Observamos ainda que a cheia e o cadáver do boi vão compor a imagem de um sujeito que lamenta o turbilhão de um tempo presente, tempo em destroços, que, assim como o rio arrasta tudo sem piedade, arrasta também o próprio ser humano no ciclo final da vida. 

Prosseguindo na leitura da primeira estrofe, encontramos o estado emocional do eu lírico:
"Divido, subdividido, Onde rola, enorme, o boi morto." 

O boi morto está aqui humanizado através da metáfora e representa o que está reservado a todo mortal.

Continuando a leitura, há uma única linha de verso que se repete como se fosse uma triste ladainha: "boi morto, boi morto, boi morto". 

Na verdade, todo o poema é musicalizado, nesse caso a vogal tônica fechada /ô/ é responsável pelo ritmo que intensifica o tom fúnebre entre as estrofes.

Na segunda estrofe, percebemos o ambiente espiritual criado pela imagem da árvore que compõe uma paisagem calma, no momento em que a alma se desprende do corpo. 

É preciso entender que na poesia de Manuel há sempre a  predominância da “carne” (corpo) e a desvalorização da alma.

Encerrando a leitura, devemos lembrar de que o perfil do cadáver do boi, descrito como "enorme" refere-se ao inchaço normal pós morte.

O boi morto, neste sentido, simboliza um desconhecido que representa a todos. E ainda tem gente que se acha melhor que os outros? 

Ninguém é eterno e no caixão só cabe o corpo, nada de bens materiais.

Beijos com sabor de mel a todos.
: onselectstart='return false'