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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Momento da poesia: quantos anos tenho?


Tenho a idade em que as coisas se olham com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos começam a se acariciar com os dedos e as ilusões se tornam esperança.
Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma louca labareda, ansiosa para se consumir no fogo de uma paixão desejada. E outras, é um remanso de paz, como o entardecer na praia.
Quantos anos tenho? Não preciso de um número marcar, pois meus desejos alcançados, as lágrimas que pelo caminho derramei ao ver minhas ilusões quebradas… Valem muito mais do que isso.
O que importa se fizer vinte, quarenta, ou sessenta! O que importa é a idade que sinto.
Tenho os anos que preciso para viver livre e sem medos. Para seguir sem temor pelo atalho, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus desejos.
Quantos anos tenho? Isso a quem importa! Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e sinto.

– José Saramago –

Há muitas pessoas que querem viver muito, mas não querem envelhecer. Complicado isso. É preciso entender que cada fase da vida tem sua beleza. Boa noite...
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