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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ Educação: eu e as crianças Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ


"A falta de amor é a maior  de todas as pobrezas".
(Madre Teresa de Calcutá)

Neste ano de 2016,estou trabalhando com alunos do sétimo ano, são três turmas no turno matutino; a princípio, logo no primeiro dia de aula, pedi a eles que escrevessem um texto com o tema Quem sou eu? Isso para conhecer o que se passa na mentalidade dessas crianças que estão numa faixa entre onze e doze anos de idade. Ao ler os textos, senti a dificuldade pelas quais passam essas crianças provenientes de uma comunidade humilde, bem como as necessidades expressas nos textos, desde a falta de alimentação, até os dramas psicológicos de quem é criado pelos avós em situações paupérrimas. Essas crianças carregam o trauma de terem sido abandonadas tanto pelo pai quanto pela mãe e a revolta, escrita até de forma inocente é perceptível no texto. Sexta-feira foi o dia da reunião com os responsáveis e a muitos avós não sabiam assinar o próprio nome. Não dá para simplesmente ignorar a vidinha dessas crianças sem se envolver emocionalmente e então a responsabilidade pesa mais em meus ombros, pois sinto como obrigação minha não me deter em simplesmente ensinar conteúdos, mas também orientá-las para a vida. E como ainda estão numa fase ingênua, tendem a assimilar conselhos que servirão de base para o futuro e já que a família não tem condições para orientá-los, cabe a mim mostrar o caminho. Eu abraço essa responsabilidade e respondo por mim visto que muitos colegas de profissão pensam o contrário. Espero que, ao longo do ano letivo, possa eu conseguir transmitir a eles os ensinamentos necessários para seguirem o caminho do bem, não desistirem da caminhada estudantil para que possam, no amanhã, se tornarem cidadãos críticos e dignos de respeito na sociedade. Sei que a tarefa de educar é árdua, mas eu estou disposta a investir e apostar em cada uma dessas crianças. Fé e persistência é o que não me faltam.  Boa noite.
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