Essa mulher é maravilhosa, gente. Tive o prazer de ler sobre ela na disciplina optativa que fiz no curso de Letras e o nome da disciplina é Literatura Internacional. Obviamente que amante da literatura que sou, viajei nas letras, entrando em contato com vários autores. Esta senhora é dos Estados Unidos e não teve uma vida nada fácil. O nome dela artístico é Maya Angelou e o real é Margarite Johnson, nascida em 1928 . Aos 7 anos foi estuprada pelo namorado da mãe, fato que só foi superado com a ajuda de uma vizinha; Aos 17 anos, mãe solteira o que para aquela época foi um escândalo, depois no mesmo ano foi trabalhar como motorista de ônibus, sendo a primeira mulher negra a exercer a profissão. Mais tarde, ela se dedicou ao meio artístico, se tornando roteirista, poetisa, enfim, uma grande escritora. Atualmente mora em Winston -Salem, Carolina do Norte. Olha ela aqui com o Barack Obama:
O poema que vou deixar é muito conhecido e toca fundo a alma da gente. Principalmente para nós mulheres, leiam e reflitam, vamos com ele aprender como superamos os traumas de quem passou pela nossa vida, só para nos maltratar. Paz e bem.
(Pax et bonum)
\O/
AINDA ASSIM, EU ME LEVANTO
Maya Angelou
Você pode me riscar da História
Com mentiras lançadas ao ar. Pode me jogar contra o chão de terra, Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.
Minha presença o incomoda?
Por que meu brilho o intimida? Porque eu caminho como quem possui Riquezas dignas do grego Midas.
Como a lua e como o sol no céu,
Com a certeza da onda no mar, Como a esperança emergindo na desgraça, Assim eu vou me levantar.
Você não queria me ver quebrada?
Cabeça curvada e olhos para o chão? Ombros caídos como as lágrimas, Minh'alma enfraquecida pela solidão?
Meu orgulho o ofende?
Tenho certeza que sim Porque eu rio como quem possui Ouros escondidos em mim.
Pode me atirar palavras afiadas,
Dilacerar-me com seu olhar, Você pode me matar em nome do ódio, Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar. Minha sensualidade incomoda? Será que você se pergunta Porquê eu danço como se tivesse Um diamante onde as coxas se juntam?
Da favela, da humilhação
imposta pela cor
Eu me levanto De um passado enraizado na dor Eu me levanto Sou um oceano negro, profundo na fé, Crescendo e expandindo-se como a maré.
Deixando para trás noites de terror
e atrocidade
Eu me levanto Em direção a um novo dia de intensa claridade Eu me levanto Trazendo comigo o dom de meus antepassados, Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado. E assim, eu me levanto Eu me levanto Eu me levanto. |
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