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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Amarga Espera



"Não gosto da dor, da dor da espera, mas espero atentamente o crescer das rosas belas."
(Sara Melyssa)

No trânsito parado,
as horas passavam
no engarrafamento geral.
Do carro vi as pessoas,
de olhos angustiados,
nos semblantes estampados
na agonia da espera.
A espera é sempre longa ...
Não há choro nem vela
e a gente se desespera!
Há espera no trânsito,
e eu me canso tanto:
dá espera no consultório ...
dá infinda espera no banco.
E a espera pelo pagamento?
É sempre espera estática,
o mês é longo, é um tormento.
Ainda há uma espera
que nos maltrata também:
é aquela quando estamos
esperando por alguém.
Esperamos pra nascer,
esperamos pra crescer
e no final de tudo,
esperamos pra morrer.
A dor desta existência
é vista nos olhos cansados,
nas vozes dos explorados,
ou no grito dos amordaçados
dos que padecem calados.
Assim segue a multidão,
numa espera dolorosa,
cantando dolente canção.
Também sigo perfilada
por esta vida incerta,
me perguntando assustada:
- quando se finda esta espera?

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