Quando se é adolescente, temos sempre aquela falsa idéia de que os pais são opressores e que viveremos melhor sozinhos por termos a liberdade de ir e vir quando bem entendermos; sair é uma responsabilidade enorme e a adolescência não é idade para se pensar nisso.
Eu saí, carregando comigo fortes orientações para a vida, aos dezesseis anos, sem saber das responsabilidades e dos desafios que se apresentariam a minha frente, tendo que saber escolher bem qual o caminho a seguir; por isso, uma qualidade muito importante é ter opinião própria para não se deixar levar por idéias descabidas dos outros que nos conduzirão à derrota.
É preciso saber recusar toda oferta que pode nos prejudicar; nesse sentido, sempre procurei ouvir os conselhos dos meus pais e isso me ajudou muito. Entre ouvir conselhos de amigos e dos meus pais, sempre optei pelos conselhos dos meus pais , pois sempre tive a convicção de que ninguém iria querer o meu bem mais do que eles.
Apesar disso, sempre fui curiosa e procurei conhecer várias estradas, contudo, jamais me deixei torná-las únicas porque "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte..." (Prov 14:12). O mais triste é perceber que muitos sabem o caminho que devem seguir mas optam por caminhos onde o ponto de chegada é um grande abismo.
O abismo da derrota, da depressão e da perda da dignidade humana. Muitos entram nesse caminho precocemente, já na adolescência por se julgarem donos da verdade, por julgarem os conselhos dos pais ultrapassados e por preferirem os conselhos de amigos que nada sabem da vida.
É neste contexto que volto a afirmar: quem quer enfrentar uma vida sozinho/a deve ter opinião própria, não se deixando levar pelos pensamentos dos outros e embora não valorize os ensinamentos dos pais, nunca esquecê-los pois são esses conselhos que o impedirão de cair nas falácias de quem cambaleia para a destruição mas não quer ir sozinho.
De tudo o que foi escrito, o importante é em qualquer situação da vida, saber dizer 'não' a tudo que contrarie o que nos foi ensinado; muitas vezes, preferi seguir sozinha em cidades estranhas e esse meu comportamento me livrou de muitas ciladas. O Senhor foi generoso e em todas as tentações, distante e sozinha, mesmo nas situações mais difíceis eu soube dizer: 'meu amigo, minha amiga, a minha situação já não é boa, imagine fazendo isso?'
Nunca foi preciso brigar para fazer valer os meus conceitos de vida. Se houvesse insistência, eu me afastava lentamente da vida dessas pessoas. Bom dia e beijos.
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