(Mario Quintana)
Estava aqui admirando uma foto antiga de meu pai, minha mãe e meu irmão ainda bebezinho. É uma foto muito bonita.
Ambos jovens e quem sabe, tão cheios de sonhos. Ele se foi cedo e não presenciou as vitórias que tive e tenho.
Ela na foto de olhar austero, firme como se tivesse toda a garra de uma leoa; de repente me vem a imagem atual dela e que contraste, o tempo é sim, implacável, passa para todos.
Fiquei então cá meditando que a vida da gente se assemelha a uma folha novinha, verde ao nascer nas árvores.
No entanto, dia a dia vão perdendo o viço do verde até que se tornam amarelas e um vento mais forte as lançam no chão e com o passar do tempo se misturam à mãe natureza. Afinal de contas, qual é o sentido da vida?
Eu diria que a vida é uma escola onde viemos para aprender a duras penas mas nunca sabemos tudo visto que as lições que recebemos da vida são inexoráveis, todavia, para quem é bem atento, aprende a viver. São nas experiências mais cruéis que nos refinamos enquanto seres humanos.
Aqui, os antigos afirmam sempre: "vivendo e aprendendo" e eles têm razão haja vista que somos seres imperfeitos e determinadas virtudes como humildade e mansidão, não raras vezes, só aprendemos depois de muito sofrimento.
Obviamente que nem todos precisam passar por situações penosas pois desde o berço já trazem consigo o emblema da humildade.
O importante para nós é sabermos digerir cada queda, advinda de quem age para o nosso mal e aproveitar o tempo que passa o qual tanto nos ensina.
Sim, meus amigos e amigas, tudo passa rapidamente e convém sabermos aproveitar a chance que temos agora de aprender, colocando em mente as seguintes prioridades:
AMAR HOJE
SORRIR HOJE
CHORAR HOJE
É IMPRESCINDÍVEL:VIVER O HOJE.
Pois o ONTEM já se foi e no AMANHÃ talvez nem estejamos mais por aqui. A vida se faz no PRESENTE, NO HOJE.
Sobre isso, olha que poema lindo do Gregório de Matos:
DISCRETA E FORMOSÍSSIMA, MARIA
Gregório de Matos
Discreta e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia:
Enquanto com gentil descortesia
O ar, que fresco Adônis te namora,
Te espalha a rica trança voadora,
Quando vem passear-te pela fria:
Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda ligeireza,
E imprime em toda a flor sua pisada.
Oh não aguardes, que a madura idade
Te converta em flor, essa beleza
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.
Boa noite, vou correndo cumprir mais um horário. Bom fim de semana a vocês, meus amores.
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