O Pranto da Alma ...

                
"Sou náufrago no mar da vida: nadei tanto, para no final, morrer na praia." ...  eu


Estou sem palavras para descrever o que se passa comigo. Fico cá no meu cantinho, no recôndito de minha alma, perguntando a mim mesma porque sou obrigada a ficar ouvindo o canto triste da vida. O Âmago do problema está em querer entender o porquê de as coisas sempre chegarem tarde demais para mim. Ou melhor, por que eu chego tarde na vida das pessoas que amo. Nasci quando minha mãe não desejava mais filhos e é comum depois de alguém me conhecer afirmar: "gostaria de ter te conhecido antes, não teria errado tanto." Vou me enveredando por caminhos  que não levam a nada, apenas encontro em meio à caminhada pessoas falando dos tais desencontros da vida. Se digo sim, vem a vida e me diz não. Azar o meu ? Não, não acredito em sorte nem em azar. Estou a um ponto de acreditar em sina, em destino. Se destino existe então o melhor seria nunca ter nascido pois quem me destinaria a viver tão desafortunada ? Ando perdida na vida e pra não parecer tão inútil, nasci para servir, para ajudar. Mas ... é bonito isso ? E eu ? Quem está  comigo, quando, na mais tétrica solidão choro em silêncio ? Ando assustada diante da vida, a qual tem me derrotado e me ofertado uma sucessão de perdas. Envolta na incerteza, na insegurança, creio que me condenaram a viver porque até a morte me rejeitou. Partindo destes princípios, modifiquei o nome do blog até que um dia algo realmente me faça feliz nem que seja momentaneamente. Em meus sonhos há alguém que amo - mas entre nós existe uma muralha com alicerce forte a nos desafiar. Ele é meu encanto, motivo de um triste canto, motivo dos meus prantos. E esse pranto se transformou em Blog não para dar soluções mas sim para compartilhar essa dor que trucida minha alma. E por que não a dele também ? Não sei. Por fim, penso que no dia em que eu chegar a me identificar com a vida, já será tarde, será a hora da volta à origem, do pó de onde vim e nunca deveria ter saído visto que pó não tem sentimento, portanto, não sofre.

By: Scarlet Mayara