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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dia do Professor

Imagens: Google

Hoje comemoramos em todo o Brasil, o dia dos professores. A imagem acima foi feita para rirmos mesmo. (kkkkkkkkkk). Fala sério, você acha realmente que um professor, depois de passar quatro anos numa faculdade, merece ser tratado com tanto descaso pelo governo? Claro que não, e o pior, ainda somos vítimas de piadinhas. Imagine um professor assumindo 40 horas semanais (ainda tem os que assumem 60 horas), lidando com alunos de personalidades diferentes, uns calmos, outros agitados e outros violentos? Pois é, o professor precisa ter jogo de cintura para saber administrar cada classe que adentra. Fora isso, a falta de educação de casa, o desrespeito levado a extremos, sim, meus amigos, o professor e a professora precisam ter uma boa dose de paciência porque trabalha mentalmente e isso estressa. Para entender bem o que escrevo, basta dar uma olhada discretamente nos rostos dos professores a partir desse mês.

O cansaço está estampado nas faces. Portanto, para ser professora, professor é preciso ter vocação,  gostar de gente e não ter vaidade porque quem é professor, na maioria das vezes, morre professor, não há ascensão em termos profissionais. Quero lembrar aqui das professorinhas de reforço ... Ah, recordei-me que aos seis anos fui estudar só Matemática com uma professora de reforço, a Estela, que morava num flutuante. Eu a achava a mais inteligente criatura e na minha ingenuidade, pensava que ela ganhava muito. A professora Estela morava num flutuante e tinha em média uns quinze alunos e as aulas de sabatina eram diárias no turno da tarde. Flutuante é uma casa construída em cima de troncos enormes de árvores, por isso, flutuam na água do rio. Vejamos o flutuante do caboclo:
Era para um flutuante assim que a meninada da vizinhança se dirigia. A prof. cobrava tabuada oral por idade. Eu era a mais nova da turma de sete a oito anos; na primeira rodada estava eu, Tomate, que tinha esse apelido porque era forte e vermelho, a Simone, o Tadeu, a Sônia e a Lucilene. Então a prof. com uma régua grande na mão, começava a perguntar, quando chegou no Tomate, disse: " quanto é 3x5? Ele respondeu nervoso: 10. Daí ela passou a bola para mim e eu prontamente respondi: 15! ( eu estava com as mãos para trás contando nos dedos.) - Logo ela me deu uma palmatória de madeira, cheia de furos e disse que, como eu havia acertado, deveria dar um bolo no tomate. Segurei a mãozinha do Tomate, levantei a palmatória e mandei brasa! Vixeee... o Tomate soltou um grito horrível, pois a palmatória não desceu na horinzontal, mas sim na vertical. A criançada caiu na gargalhada e eu séria. Então a prof. pegou a palmatória e disse que iria me ensinar a dar bolos. Mostrou a palmatória, pegou minha mão, porém bateu suavemente. Desde então, o Tomate nunca mais errou tabuada e isso foi motivo de muita gargalhada em família. Meu carinho especial `professora Estela e a professora Inês. Hoje não é mais permitido o uso de palmatórias, no entanto, a garotada aprendia mesmo. Vou ficando por aqui, deixando a todos os professores o meu abraço por estarem engajados numa educação de qualidade; mesmo não sendo prioridades para governos que chegam e que vão continuaremos levando avante a bandeira da educação com muito orgulho. Beijos a todos.

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