Hoje estive lembrando que fui fazer junto com a igreja que eu frequentava, um trabalho de evangelização numa cidade pequena, longe da cidade. Fiquei impressionada com a pobreza do local.
Visitamos famílias e uma delas morava numa casinha feita de caixas de madeira e papelão com muitos filhos.
Visitamos famílias e uma delas morava numa casinha feita de caixas de madeira e papelão com muitos filhos.
A mais velha das meninas tinha treze anos. Fiquei tão penalizada da situação que conversei com os pais para levá-la para a cidade e morar comigo, pois eu ainda estava estudando e precisava de alguém para me ajudar.
A menina era maravilhosa e o nosso relacionamento perfeito, sendo que nunca tivemos em cinco anos de convivência, nenhum atrito.
Não precisava mandá-la fazer nada porque ela tomava a frente; ensinei-a a cozinhar e nos tornamos amigas.
Não precisava mandá-la fazer nada porque ela tomava a frente; ensinei-a a cozinhar e nos tornamos amigas.
Nessa época, eu ganhava pouco e dividia o que ganhava com ela, final do mês, ela ia levar o dinheiro para os pais.
Nilzete cresceu, ficou uma moça bonita e atraente, frequentava a Assembleia de Deus, eu a Presbiteriana.
Nilzete cresceu, ficou uma moça bonita e atraente, frequentava a Assembleia de Deus, eu a Presbiteriana.
Num domingo à noite, voltei da igreja e como sempre fazia, ficava esperando-a,as horas passaram e eu comecei a ficar preocupada.
Entrei no quarto dela e encontrei uma carta em cima da cama, cheia de elogios a mim, não teve coragem de se despedir porque sabia que ia chorar, mas precisava cuidar da vida dela, vivendo com o namorado.
Não deixou endereço e pelo o que eu sabia, o rapaz era o primeiro namorado.
Entrei no quarto dela e encontrei uma carta em cima da cama, cheia de elogios a mim, não teve coragem de se despedir porque sabia que ia chorar, mas precisava cuidar da vida dela, vivendo com o namorado.
Não deixou endereço e pelo o que eu sabia, o rapaz era o primeiro namorado.
Chorei muito, porém sabia que o rapaz era responsável e que a Nil precisava ter o cantinho dela; no outro fim de semana, fui à cidadezinha informar os pais.
A mãe chorou muito e eu idem. Mostrei o bilhete e deixei a quantia que ela deveria receber.
A mãe chorou muito e eu idem. Mostrei o bilhete e deixei a quantia que ela deveria receber.
Os dias se passaram tristes e vazios, no entanto, a vida seguia seu rumo. Não tive mais nenhuma notícia dela e quero que ela esteja muito bem e que Deus nunca a desampare.
Nilzete já era considerada alguém da minha família, confidente e amiga, embora não tenha mais notícias, ela é uma daquelas pessoas raras que passam pela nossa vida e se instalam em nosso coração, para sempre.
Linda tarde a todos. Beijos
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são bem vindos.Será um prazer ler a tua opinião.