Arquivo do blog

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Poesia feita a pedido de uma aluna ..he, he: contexto da Inconfidência


Naqueles tempos distantes
gente simples, rica e bonita
cochichava de longe,
ansiando a liberdade

desse país exuberante.
Tramavam às escondidas
poetas, padres, maçons, dentistas
advogados e juristas.
Tramavam com galhardia
um meio para afastar
seja por bem ou por mal
o explorador Portugal.
O engraxate lustrava
os sapatos do português,
pensando consigo mesmo:
"- já vai chegar a tua vez."
Até o padre Rolim
ironizava o português
querendo ver o seu fim
nem que fosse morrer.
Lá vai o padre a pregar
sem nada mais a temer
dizia por entre os dentes:
"quem plantou há de colher."
Ouviu-se um grito estranho
da clínica de Tiradentes
que extraía um dente
com força e sensatez
o dente, meus caros amigos,
era de um português.
Imaginando que o dente
seria um dia Portugal
que seria extirpado
desta terra varonil
que hoje se chama Brasil.
Mas entre o povo havia
uma anônima serpente
que expeliu todo veneno
pra cima da nossa gente.
Corram, corram bem depressa,
lá se vem o traidor
vem com um sorriso no rosto
e para nosso desgosto
nossa gente entregou.
O padre Rolim padeceu
com um sorriso alargado
Tiradentes corajoso
- coitado, foi enforcado.
Mas antes de padecer
e de ter o corpo cortado
disse ao estrangeiro:
- se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria
pra salvar meus companheiros!
Tiradentes não morreu
com essa grande vitória
hoje está incrustado
nas páginas da nossa História.
_________

Um beijo grande e um lindo dia a todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são bem vindos.Será um prazer ler a tua opinião.

: onselectstart='return false'