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terça-feira, 12 de março de 2013

Filó - O Adeus

Imagem Internet
Ano passado, um casal de pombos fez um ninho no telhado de casa; a fêmea toda branquinha de menor porte e o macho todo negro, maior. Fiquei imaginando que os filhotes nasceriam brancos pontilhados de negro. 

O casal só teve um filhote, exatamente como eu imaginei, assim que puderam, desceram do telhado para me mostrar a bela cria: passearam pelo quintal, se alimentaram e depois de um certo tempo, voaram pra longe.

Sábado, sonhei com o casal e o filhote. No sonho os três se alimentavam no quintal, quando um pato, um pouco maior que o filhote, subia em cima dele matando-o. Ao olhar da janela da cozinha, eu ficava muito triste mas ao voltar a janela, vi novamente o pombinho morto, de repente, bater as asas e voar para longe.

Acordei assustada, pensando no significado do sonho; voltei a dormir o dia todo. No domingo, só acordei para tomar um banho, almoçar e voltar a dormir. Por volta das 14 e 30, ouvi um choro baixinho e muito sonolenta, fui ver. 

Filó, que nunca ouvi chorar, chorava, deitada num canto do quintal. Achei esquisito aquilo, fui até lá, tirei as formigas que passeavam nas pernas e na barriga, coloquei-a num cesto confortável e dei um analgésico, pois o corpinho estava muito quente.

Voltei a dormir, apesar do forte calor. Mal peguei no sono, tive a impressão de escutar novamente o choro. Dessa vez, o sono me pegou e não levantei. Às 15 e 30, acordei sobressaltada, tomei um suco e novamente Filó chorou.

Fui até lá. Era o último choro que Filó daria. Justo a Sempre Alerta Filó que não deixava nada passar em branco morrera. Calmamente, passei a mão na barriga dela e percebi algo como um tumor, foi esse tumor que passou despercebido que a levou.

Murmurei baixinho: "vá em paz, Filó e obrigada por tantos anos de companhia." Lembrei-me então do sonho no sábado. Nós, aqui da região, ainda temos muito de misticismo, minha mãe, por exemplo, acredita que devemos ter sempre um animal em casa porque, segundo ela, em algumas situações, quando a morte chega em casa, alguns animais se oferecem pra ir no lugar de quem deveria ir.


Misticismo ou superstição, não sei, há tanto mistério nesta vida! A propósito, em janeiro fui ao Hospital Militar, aproveiteipara visitar minha tia, que mora lá perto. Ao chegar, fui recebida por uma cadela branca de seis meses que foi muito dócil comigo. 

Então, minha tia afirmou que estava doando visto que teria que se mudar, pois a casa dela entraria em reforma e me ofereceu a cadela. Bom, já sabem o resultado, me comovi e trouxe a cadela a qual pus o nome de Pantera. Nem sei se existe Pantera branca. Contudo, sem apego, nada de exagero.

Voltando a Filó, ela foi presente de um aluno, logo que comecei a trabalhar no Magistério, presente ganho num domingo de páscoa, Filó se foi no domingo mas não tive coragem de enterrá-la no domingo mas sim na segunda-feira. Boa tarde, a vida segue seu curso. Beijos

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