" A pessoa imprevisível tem sua própria sensualidade." ( Paulo Henrique Dias )
Sensualidade e sedução são as marcas preponderantes neste conto escrito por Machado de Assis, ocorrido ironicamente às vésperas de uma noite de natal. A obra é escrita por um narrador-personagem, com foco narrativo em primeira pessoa: "Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta."
O tempo em que ocorre a história é psicológico, fixado na memória do narrador "pelos anos de 1861 ou 1862." O espaço é geográfico, precisamente no Rio de Janeiro, na casa do "escrivão Meneses."
Persnagens principais: Conceição e Medeiros
Personagens secundários: Meneses, esposo de Conceição. Outros personagens irrelevantes: duas criadas e D. Inácia, mãe de Conceição.
Enredo: O jovem Medeiros estava em férias no Rio de Janeiro na casa do casal Conceição e Medeiros. Sua intenção era assistir a missa do galo e de lá rumar para Mangaratiba; na véspera do natal, à noite, combinou com um vizinho que passaria na casa dele, para irem assistir a missa do galo. O esposo de Conceição dormiria fora, na casa da amante. Perto das 22 horas, Medeiros sem sono, pegou um livro e se dirigu à sala para fazer hora, até o momento de ir à igreja com o vizinho; de repente, se surpreende com a chegada sorrateira de Conceição, que sutilmente inicia uma conversa, se insinuando ao rapaz o qual vai se envolvendo e observando todos os trejeitos usado pela mulher expert na arte da sedução.
Análise - Este conto faz parte do estilo realista de machado de Assis; como sempre, a sondagem psicológica dos personagens principais são visíveis ao leitor, sem hipocrisia, sem pudores e sem moralismo. Conceição representa a mulher no auge de sua sexualidade, carente, solitária, sujeita a solidão semanal imposta pelo marido que possui uma amante, fato comum na época. Dessa forma, naqueles tempos, cabia a mulher o papel de submissa, fiel conforme a sociedade com sua hipocrisia, exigia. No entanto, Conceição parecia ser diferente deste perfil traçado pela sociedade pois sentiu desejos por Medeiros, 13 anos mais jovem que ela;e nada a impediu que às 22 horas, tarde para aquela época, saísse só de roupão para "conversar" com o rapaz, naquela noite de natal. O fato de estar de roupão de dormir demonstra logo suas intenções: o uso desta roupa só era propícia para se uso no quarto de dormir; a impressão que causou em Medeiros foi : "talvez não dormisse justamente por minha causa." A partir daí, Conceição vai aos poucos se insinuando e como uma cobra vai envolvendo o rapaz com suas artimanhas a tal ponto de, se nocomeço do conto, ele a achava "simpática" naquele momento, para ele, ela "(...) ficou linda, ficou lindíssima (...)" . Assim, seduzidos, enebriados nem percebiam a hora que voava. Para Medeiros ele estava vivendo um "sono magnético" que só terminou quando alguém do lado de fora, bateu na porta e bradou: " Missa do galo! Missa do Galo ! Foi exatamente neste instante que a magia acabou e ambos voltaram à realidade. Mesmo assim, "... Durante a missa, a figura de Conceição interpôs-se entre mim ( Medeiros ) e o padre ..."
O que podemos concluir deste conto é que o tempo em que passaram juntos, aproximadamente 2 horas foi pouco para que houvesse um relacionamento sexual; Conceição era uma mulher que vivia de aparência, movida pelos valores da sociedade que ditava valores morais mas que não os colocava em prática. Não foi por acaso que o narrador- personagem afirmou ironicamente, no início do conto que as pessoas a chamavam de "a santa".
Olá....=)
ResponderExcluirSou a Luna, e vim aqui
conhecer teu blog e gostei =)
É bom termos um lugar pra poder
falar das coisas do coração né? rs
To te seguindo....
ahh...rs..Apaguei meu comentario anterior, pq errei e o coloquei no seu post mais antigo...rsrs...=)
Desejo sucesso neste seu cantinho da alma..=)
BJus no seu ♥
Obrigada, linda, pela visita. Estou tentando encontrar o teu...rsrs bjss
ResponderExcluir